a noite por vezes
a noite por vezes dói-me
e os sons tornam-se insuportavelmente puros
e insuportavelmente intensos
e a magia brota, indisciplinada
as pontas dos dedos animam-se de livre arbítrio
e de uma vontade férrea, inútil contrariar
e se vejo os carros lá em baixo, é porque olho lá para baixo
porque estou lá em baixo
porque alguém está lá em baixo
e isso dói-me
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