Wednesday, April 11, 2012

anacronismos do tempo e do espaço...

deixar de ser escravos e outras chatices....

Aprender
a prazer
a nado
outra vez
coitado
desta vez
a levar
a levantar
ordenar
mobilar
e os meus dedos, por amor de deus
e os meus dedos, por amor de deus
...
os jasmins finalmente se enlevam nas orquídeas, embora achem que são demasiado promíscuas...
...
o dedo
leva
o olhar
para além
além de deus
no horizonte
das almas
das almas
das almas
...
girassóis enlevam-se finalmente, com a sagração da primavera
rito solar, audível, brutal, umbicular....! Basta!
...
basta de ratos, de cobras, de enguias, de lixo, de poluição, de políticos, de polícias, de crime, de dinheiro, de dívidas, de pobreza, de desemprego, de mal engano, de mal engano!
...
Oooooooohhh! Temos de re-escrever novamente TODA a históriaaaa!
...
E aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
aprender o prazer
...
e deixar
de
ser
ESCRAAAAAAAAAVVOOOOS!!!!!!

Wednesday, August 03, 2011

espera

Espera.


Nada desespera.


A não ir em vez de ninguém.


Voltar atrás?


O maior espectáculo do mundo.


Voar como se não estivesse lá.


Através do mar das lágrimas em Agosto.


Castanheiros tanto faz.


A não ver se entra, se entra.


A meu ver...


Outra vez, concerteza.


E da outra vez?


Só nos resta a espera.


A alvorada.


Sempre enevoada, enojada.


Enviuvada.


Laranjeiras em flor.


Só o amor.


Salvação de querer.


Sentimento para esquecer?


Só me apetece estar.


Deixar andar.


Sair e entrar.


Sair e entrar.


Esperar.

Sabor a calor

Saturday, July 23, 2011

Pairar

Pairar...

voar, sem tocar

nos pés de ninguém

só cabeças ao vento

e orelhas felizes

nuvens indisciplinadas

e folhas rodopiantes

o sol de perto

a ver os sonhos

a ter o que não se sonha

a compreender

voar em liberdade

tentando pairar

flutuar, sem peso

deslizando na brisa

o chão perto

chapéus voam

se foram amarelos

e luvas escarlates

só se forem amarelas

abençoadas

excomungadas

só me apetece chorar

a ter-te truncada

a ter-te amargurada

viciada, amaldiçoada

pára de me revoltear

as ideias enrolantes

segue em frente

ao pé do amor, vira à esquerda

e ama, como se não houvesse amanhã

ironia do não haver

avançada, ironizada

vamos amanhã todos

atrás do passado fugidio

passar as mãos pelas palavras

agrestes, secas

vamos acariciar cérebros expostos

células deslumbradas

avisadas, em tons de azul

em ânsias de madrugada tímida

de haver sem querer

e perder o mais belo nascer

o mais belo solar

mascarado de lua, de raiva

cravo os dedos na mão

amando com todos os poros

armando uma cena desviada

alarmada e alaranjada

posso haver apenas amanhãs

mas deixo de levar as capas para brincar aos amarelos

zanga ferrada, antiga, antiga

e deixar-me ir

ao sabor do sabor

ao amargurar do amor

anátema silencioso do deslevo mais enrugado

iluminado pelas minhas mais luminosas

partes, compartes, artes

avisem-me quando não puder mais

pairar a meu gosto

desgosto em agosto

aniversário de mosto

mais celebrado o aniversado

alimado de torcer o mais bem amado nariz

ao ranger da aurora, da farsa

não podemos apanhar mais do que o dia

o dia a dia, avantajado

na sua insignificância morna

ao entardecer

sorvendo a tarde perfumada

em tragos de trazer

de perceber o prazer

que é, ou não é, nem deixa de ser

para onde vai a estarrecer

depois de pairar a fugir

no ar, no areal

a voar, com a elegância do pardal

do cenário mais ácido possível

ou não

texturas loucas, a saber a limão

houve, em tempos, aqui um rei

uma mágoa mor

antes do dilúvio do meu delírio

pairemos então, ligeiramente

volitemos alegremente

o labor de saber o amor

de voar ao sabor de sabe-se lá o quê

voemos livremente, para lá da liberdade

corramos a pé e sentados

almejaremos alcançar

chuva, marulhar e trovejar

sentados ao luar

arco íris para decorar

ai deste delírio livrar

ao ar, ao ar

o que é preciso é voar.