nunca teria
Não, nunca teria sido eu o culpado, senão não podiam os reis aparecer em azul,
nem os papagaios amarelos enforcados em cedros do líbano,
nem as estrelas do mar a tomar saunas de limão enquanto chove lá fora
nem as ventoinhas inexistentes dos nossos tectos insistiriam em cantar pela praia fora, principalmente ao entardecer
nem as cartas do enfado teriam a lucidez suficiente para voltarem da lua devagar
não, nunca teria sido eu o culpado, se as coisas tivessem sido o que deveriam ter sido
0 Comments:
Post a Comment
<< Home