o tempo, o amor
e o saber
e a dor
e a lealdade
são visões num poliedro de infinitas faces
corporizado pela interpenetração
do tempo e do amor
são os suspiros de uma carne
os perfumes de um anseio
os olhares de uma festa
o calor da proximidade ... e do toque
... não há mais nada
tudo o resto são infinitamente numéricas e infinitamente complexas
manifestações destas expressões matemáticas vivas
e, no entanto, não sabemos nada
quem vem por aí ao coberto da noite
temos medo
temos surpresas
não temos nada
e na terrível encruzilhada de tempo e de amor que se projecta nas dimensões
e onde estão desenhadas todas as linhas da vida
e todas as ocorrências a que chamamos o nome oco de espaços
vemos as estrelas
tocamos as estrelas
somos as estrelas
e morremos, embevecidos
pela intensidade amorosa das estrelas
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