é altura

é altura de visitar a grande casa de paz e jardins

e tomar contacto íntimo com alguns dos seus ocupantes

passando 3 mil anos no espaço até uma estrela brilhante

onde ser não é pensar mas sim estar

onde as raparigas de deslumbrante beleza cravam os dentes e as unhas

nas costas dos meus sonhos mais queridos

e mesmo da minhas folhas secas que guardo,

emocionado pela cegueira repentina que nos agoniza lentamente

na fusão com o cosmos e as formigas vermelhas,

guerreiras que escondem centrais nucleares no abdómem

e que semeiam tornados nos ideais de homens pacatos de olhar mortiço,

sentados de pé em bancos de jardim aquáticos estrelados.